
Estranha mania de ter fé na vida
Na minha infância, eu adorava brincar de barbie com as minhas primas. Só que às vezes a brincadeira ia pra um rumo que a gente não gostava: a barbie de uma pegava o ken da outra, o ken de uma dava em cima da irmã da outra, a barbie mãe batia na filha... A gente ia perdendo o controle das nossas cagadas (qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência) e depois falava “vamos fingir que foi sonho?”. E assim apagávamos tudo, botando as barbies pra dormir e acordar zerada

O amor acontece na ausência
Quando a gente fala em amor, pensa em pessoas juntinhas, grudadinhas, compartilhando uma vida. Amantes debaixo do mesmo teto, amigos de contato frequente, todo mundo próximo e agarrado: isso ilustra o amor no nosso imaginário. Só que grande parte do amor acontece na distância. O amor dos relacionamentos interrompidos, o daquela amizade distante, o amor platônico, o proibido, o amor por quem já se foi. Tudo isso é amor. A gente acha que, por ele acontecer sem resposta, não é